MCPE acusa autarquia de “hipotecar o futuro dos elvenses” (c/fotos)

O Movimento Cívico por Elvas (MCPE) acusou a Câmara Municipal de Elvas de “hipotecar o futuro dos elvenses”, em conferência de imprensa realizada na tarde de terça-feira, dia 2.

O Movimento Cívico por Elvas, na voz de Anabela Cartas, afirmou que “as obras em Elvas têm de ser feitas com o nosso dinheiro, não podemos hipotecar o dinheiro dos elvenses”. Anabela Cartas questiona o facto de “dois representantes políticos e um chefe de gabinete não saberem o que se passa na autarquia”, afirmando que “todas as obras que estão a ser feitas em Elvas estão a ser feitas com recurso a fundos europeus, a parte que não é financiada está a ser paga ao Banco Europeu de Investimento”. O Movimento Cívico por Elvas acusou ainda o Partido Socialista de ter aprovado estes empréstimos, enquanto a oposição estava de férias. Desmentiram também o facto da água não aumentar 3.33%, mas sim 1.9%, o MCPE questiona: “se assim for e sendo que é baseado numa média, quem irá pagar o resto do aumento?”

Paula Bochecha, do Movimento Cívico por Elvas, referiu que “o Presidente da Câmara de Elvas se  recusou responder em reunião de Câmara a um vereador da oposição sobre as colocações por concurso, o PS de Elvas argumentou que é confidencial”; no entanto, o MCPE afirma que “se são públicos, nada têm de confidencial e todos têm direito a esclarecimentos”.

Paula Bochecha afirmou também que o  “regulamento de cedência de espaços públicos não justifica a negação do espaço municipal a este movimento com representação na autarquia”, sendo que o PS havia referido que a autarquia não pode ceder espaços sem ser a entidades legalmente constituídas. Paula Bochecha refere ainda que, relativamente à convocação de eleições antecipadas, “quem decide os ciclos políticos são os eleitores”.

Carlos Martins, do Movimento Cívico por Elvas, referiu que existem outros locais no país onde já se realizaram eleições antecipadas e, “em anteriores mandatos, realizaram-se eleições antecipadas no concelho de Elvas, o que prova que é possível e permitido por lei as eleições antecipadas, ao contrario do que disse o PS,” e afirma que  “não percebe o receio de convocar eleições antecipadas”.

O Movimento Cívico Por Elvas sabe que “em 1993, Rondão Almeida encontrou a autarquia numa situação péssima e, assim sendo, em 1994 e 1998, foram contraídos empréstimos bancários que possibilitaram o saneamento económico da Câmara Municipal de Elvas e foi contraído um empréstimo no ano 2000. Todos estes empréstimos estão no arquivo da autarquia elvense e fazem parte do histórico da excelente gestão camarária liderada pela equipa de Rondão Almeida”, afirmou Carlos Martins.

A conferência de Imprensa realizou-se no Chalé Chafariz D’El Rei,na estrada da Calçadinha, nos arredores de Elvas.