As associações e corpos de bombeiros estão à beira da rutura devido aos atrasos nos pagamentos dos serviços prestados ao Ministério da Saúde, principalmente nos hospitais, em que a dívida já ultrapassa os 35 milhões de euros.
A Liga dos Bombeiros Portugueses tem vindo a alertar o Ministério da Saúde para a situação, que está a causar grandes prejuízos a associações e corpos de bombeiros de todo o país.
António Rodeia Machado, vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, explicou que “o transporte de doentes em ambulância é realizado pelas 411 corporações de bombeiros existentes em Portugal continental, e a dívida de 35 milhões de euros está a criar vários problemas às associações”, como
Contactada pela Rádio ELVAS, a presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas não quis prestar declarações sobre este assunto.
Já o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior, João António Monho, referiu que “existem apenas dois hospitais que devem dinheiro à corporação que preside, no entanto considera que a situação não é grave”, e indicou que “no total, a dívida dos hospitais à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior é de cerca de oito mil euros.”
Os Bombeiros são responsáveis por cerca de 98% do transporte de doentes não urgentes, pelo socorro em acidentes e outras intervenções de pré-hospitalar, o que representa 85% dos serviços executados a solicitação do INEM no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).
A Liga dos Bombeiros Portugueses já solicitou uma audiência com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, mas até à data não obteve qualquer resposta por parte do Ministério da Saúde.