700 pessoas manifestam-se no Guadiana contra plantas exóticas

Mais de 700 pessoas manifestaram-se, este sábado, na zona de El Pico, junto ao rio Guadiana, em Badajoz, para pedir a recuperação integral do rio e a limpeza das plantas invasoras jacinto-de-água (camalote) e o nenúfar mexicano. Os manifestantes exigiram que sejam apuradas responsabilidades pela situação do Guadiana.

A Associação “Salvemos o Guadiana” representava 53 associações que protestaram contra a dispersão das plantas exóticas invasora jacinto-de-água e nenúfar mexicano no rio Guadiana.

No lado português, a situação está a ser acompanhada com muita preocupação pelo risco de contaminação da Barragem do Alqueva, já que a elevada capacidade de propagação das plantas e degradação da qualidade da água são um risco para o rio.

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) instalou duas barreiras de contenção no troço internacional do Guadiana, a primeira em 2012 e a segunda em 2014, respetivamente a dez e a três quilómetros a montante da ponte da Ajuda.

O risco eminente de proliferação de jacinto-de-água e do nenúfar mexicano em território português em direção à albufeira do Alqueva preocupa as autoridades portuguesas, existindo uma grande colónia destas plantas nas margens do rio em Badajoz e a cerca de três quilómetros do início da albufeira do Alqueva, na zona da ponte da Ajuda, em Elvas.

O jacinto-de-água corta a entrada de luz e impede a oxigenação das águas, com consequências para os peixes e restante flora autóctone, provocando elevados níveis de evaporação da água do rio, e se a situação não for controlada, contaminação pode impossibilitar o consumo humano ou o uso agrícola da água.