A decisão da maioria socialista na Câmara Municipal de Elvas de vender, em hasta pública, a Herdade de D. João, com valor base de 3,3 milhões de euros, tomada na reunião do executivo de 28 de fevereiro, originou uma reunião de quase todas as forças políticas concorrentes às últimas autárquicas de 1 de outubro.
Numa reunião com a ausência do PCP e a presença de PSD, CDS, Bloco de Esquerda e Movimento Cívico por Elvas (MCPE), reuniram estas forças políticas e apresentaram, em conferência de Imprensa, as suas ideias contra a venda da Herdade de D. João.
José Bagorro (MCPE), José Manuel Rato Nunes (CDS), João Barrradas (PSD) e Rui Salabarda Garrido (BE) foram os porta-vozes contra a venda da propriedade, convidando a maioria socialista a procurar outras alternativas, sobretudo do lado da despesa, já que não concordam com o aumento de taxas e impostos municipais.
Estas forças políticas querem promover uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Elvas, para debater o assunto e, se necessário, chegar a um referendo local onde os elvenses sejam convidados a votar sobre a venda da propriedade. Para solicitar a reunião da Assembleia Municipal são necessários 10 deputados municipais que estas forças políticas acreditam conseguir reunir.
Mocinha disse, em entrevista exclusiva à Rádio ELVAS, no final do ano passado, que procura alternativas de financiamento municipais para algumas obras onde o Município não tem garantida a sua parte, como por exemplo a obra do “Ciclo” de Santa Luzia. Entre as opções, o presidente colocou a hipótese de venda de património da autarquia, como é o caso da Herdade de D. João e outros imóveis não utilizados pela câmara municipal.