Seca prejudica pecuária e sementeiras

alcácer arrozO Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) identifica nove por cento do território nacional em estado de seca extrema, 77 por cento em seca severa e dez por cento em seca moderada.

Fermelinda Carvalho, presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), afirma que esta é uma situação muito preocupante e que as plantações poderão ficar comprometidas e enormes dificuldades para as explorações pecuárias.

No distrito de Portalegre, a falta de água é uma realidade, dada a fraca precipitação e a Barragem do Caia encontra-se a cerca de 17 por cento da sua capacidade máxima.

Aristides Chinita, gestor da Associação dos Beneficiários do Caia que gere a barragem, apelida a situação de “catastrófica” e de “seca extrema”, adiantando que, no que diz respeito às populações, o abastecimento de água estará assegurado.

Se não chover ao longo dos próximos meses, não haverá alimento para o gado e as colheitas ficam comprometidas.

Já os produtores de arroz de Alcácer do Sal, no Vale do Sado, receiam não poder cultivar em 2018 caso a seca de prolongue, depois de este ano terem reduzido «20 a 30 por cento» da área semeada.

A redução da quantidade de água armazenada nas barragens de Pego do Altar e de Vale do Gaio, que abastecem os produtores de Alcácer do Sal, nota-se «desde há três anos» como nos refere Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal.

Esta redução levou os produtores a semear arroz em menos «10 a 15 por cento» da área em 2016 e «20 a 30%» em 2017, de um total de «5500 a 6 mil hectares».